Em teu lugar, o vento
duro.
Urdido o silêncio
da pedra.
Onde a eclosão de um tão invisível
uso do poder? - diz-me.
No nosso exílio sempre em fuga?
Numa relação incongruente - terna e terrível?
Por um lado, a crueldade; por outro,
a fragilização da sua obcecada
fissura: o segredo oculto no que todos demasiado
conhecem - pó
tentando erguer-se de desabado muro
- do resto que restou.
Estragos mútuos - demolidores amores
por quem tão bem ou mal soubeste
de amor morrer
e sem pedir-me
ajuda.
Eduarda Chiote
com a devida vénia, de NÃO ME MORRAS, &etc, Lisboa, Maio de 2004
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