A água que me dá sede
não refresca este jardim
é de esperança desesperada
diz mais vezes não que sim
Silêncio e metamorfose
juntam-se batem às portas
do futuro incandescente
neste jardim de horas mortas
À deriva flutuamos
os sonhos vimos ruir
mas na varanda da esperança
um coração vai abrir
Nova onda de igualdade
sem grinalda e sem regresso
cascata branca a sonhar
é o que ao destino peço
2008
Urbano Tavares Rodrigues
com a devida vénia, de Horas de Vidro, Publicações Dom Quixote, Lda., Lisboa, Fevereiro de 2011
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