Ponho o silêncio no lugar
da flor; e a haste que daí cresce
tem o verde que lhe dás
quando o teu braço
a prolonga.
Mas se a flor pousa
nos teus lábios, e o teu
riso a desperta, batem
as suas pétalas como asas
de borboleta.
E és tu que do teu leito
te soltas, descobrindo os seios
à luz da tarde.
Nuno Júdice
(Inéditos)
com a devida vénia, de Tudo menos Palavras, Antologia de literatura portuguesa contemporânea, Edições Colibri e P.E.N. Clube Português, Lisboa, Outubro de 2009
Sem comentários:
Enviar um comentário